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Depois de 27 anos, o grito de campeão

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Gabriel Andrezo, em Mesquita

O torcedor do América passou 27 anos por um longo jejum. Quase três décadas sem levantar uma taça, sem gritar "é campeão". Mas na noite desta quarta (25), a torcida americana viu a apoteótica conquista de seu clube do coração. O América é o campeão estadual da Série B em 2009. A equipe venceu o Artsul, em Édson Passos, por 2 a 0, e conquistou o título.

Ciro foi o herói, marcando os dois gols do título. E, para completar a festa, ainda teve Romário em campo, por 25 minutos. Confira como foi o jogo.

O JOGO
A chuva que caiu antes do jogo em Édson Passos afastou, é bem verdade, alguns torcedores do estádio. Mas nem isso impediu que os americanos fizessem uma bela festa em homenagem ao time. A derrota do Olaria para o Goytacaz, mais cedo, deixava o América a apenas uma vitória do tão sonhado título.

O jogo começou nervoso. Os jogadores do América pareciam nervosos no início da partida, e erravam bastante. Mas o primeiro lance de perigo foi dos donos da casa. Aos 12, Alexsandro deixou Fabiano para trás, entrou na área, mas chutou por cima do gol.

Mas a festa estava para começar: aos 19, Diguinho cruzou da esquerda, Ciro subiu mais alto que todo mundo, e cabeceou no canto esquerdo de Márcio: 1 a 0 América. Festa de Romário, que estava no banco. E festa da torcida, que já soltava o grito de "É campeão".

Júnior levou novo perigo aos 25, batendo da entrada da área, à esquerda do goleiro Márcio. As coisas melhoraram para o América aos 32, quando Diogo, do Artsul, fez falta dura em Alexsandro. Como já tinha o cartão amarelo, foi para o chuveiro. Por incrível que pareça, o Artsul acabou levando mais perigo enquanto jogou com um a menos.

Aos 37, Diego Cocada bateu falta por cima do gol. Aos 45, Cocada cruzou, Róbson cabeceou, e Roberto foi obrigado a desviar para escanteio. No minuto seguinte, outra vez o perigoso Cocada chutou; a bola bateu no gramado molhado, e Roberto bateu roupa. Na sobra, Geovane acertou o travessão, assustando a massa presente no Giulite Coutinho.

No intervalo, a bateria da Beija-Flor de Nilópolis animava a torcida, ainda baqueada com o quase gol dos visitantes. Mas na segunda etapa, o América resolveu a parada sem demora. Já com 1 minuto, Thiago chutou bem, e Márcio fez bela defesa. Em seguida, Gérson cruzou da esquerda, e Ciro, outra vez, cabeceou, desta vez à queima-roupa, inapelável para Márcio: 2 a 0, e nova festa.

O Artsul chegou assustando aos 17: Luan ganhou pelo meio, e lançou para Gean, que bateu por cima. Aos 19, o Artsul perdeu mais um jogador, expulso. Geovane fez falta violenta em Júnior, e foi direto para a rua, apesar dos protestos.

Depois do tempo técnico, veio a consagração: Romário entrou em campo no lugar de Adriano, acompanhado por Tia Ruth, torcedora-símbolo do América, e sob os aplausos de todos os presentes no estádio. Já em seu primeiro toque na bola, comemoração. A festa estava quase completa.

Aos 28, Romário mostrou que, mesmo aos 43 anos, ainda sabe muito de futebol. Vendo Márcio adiantado, arriscou bater por cobertura, mas a bola passou apenas perto do travessão. Minutos depois, o mesmo camisa 11 bateu, dentro da área, mas em cima do zagueiro, em sua melhor chance.

Daí até o apito final, foi só esperar. Quando Wagner Nascimento pediu a bola, o Giulite Coutinho virou uma grande festa rubra. A torcida invadiu o gramado, e carregou Romário nos braços, com o troféu nas mãos. A espera tinha acabado, o América voltava a ser campeão. No meio da histeria, o goleiro Roberto, entusiasmado, deu uma declaração, no mínimo, inusitada, para não dizer hilária: "Agora é só comemorar! Vou ficar uns três dias bêbado".

Romário foi cercado pela imprensa, saudou os torcedores que permaneciam na arquibancada, enfim, foi a grande vedete da festa. Torcedores ilustres como José Trajano, estavam no gramado, também celebrando o momento histórico.

O zagueiro Ciro, autor dos gols do título, falou sobre a conquista: "Tive a felicidade de marcar os gols, mas o grupo todo está de parabéns. É o trabalho de um ano inteiro, e que deu certo".

Diguinho, vice-artilheiro do time, disse que pretende ficar para 2010: "Neste meu primeiro ano como profissional, vivi grandes momentos, como esse. Se depender de mim, fico no América para o ano que vem, aqui aprendi muita coisa".

Se o América vai mesmo brigar pelo título da Série A no próximo ano, ainda não podemos saber. Mas, hoje, o torcedor americano só quer saber de festejar. A longa espera finalmente terminou, e a taça vai para Giulite Coutinho. A festa americana não tem hora para terminar.

Ficha Técnica
América 2 x 0 Artsul


Local: Estádio Giulite Coutinho, em Mesquita
Árbitro: Wagner dos Santos Nascimento
Assistentes: Vinícius da Vitória Nascimento e Silbert Faria Sisquim

América
Roberto; Claudemir, Ciro, Naílton e Gérson; Márcio (Da Costa), Júnior, Diguinho e Thiago (Têti); Adriano (Romário) e Alexsandro. Técnico: Lira.

Artsul
Márcio; Jáder, Diogo, Róbson e Fabiano; Gean, Vinícius, Maicon (Túlio) e Diego Cocada (Bruno Marcos); Geovane e Ricardo (Luan). Técnico: Rogério Pina.

Cartões Amarelos: Ciro, Márcio, Gérson e Diguinho (América); Diogo (Artsul).

Cartões Vermelhos: Diogo e Geovane (Artsul).

Gols: Ciro (20/1ºt e 5/2°t - América)

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